modos de vida
Estava a ouvir um programa radiofónico sobre actualidades cujos dois primeiros participantes terminaram a sua intervenção com elogios a salazar. Ao telefone, não sem grande esforço de articular uma frase entre duas ou três ideias feitas vociferam contra tudo, esforçam-se em encontrar culpados, atacam as mais diversas profissões, corporações, vocações e faixas etárias. O programa, as participações o teor e os panegíricos, os culpados e os inocentes, o aproveitamento que cada um faz dos factos, tudo faz parte desta comédia infernal. Não lhes ocorre que tipo de futuro terá um país cujo povo suspira por um ditador que morreu há mais de 30 anos. Simplesmente não.