"ao contrário do que nos é habitualmente apresentado pelas retóricas socialistas, o Estado Social fomenta o egoísmo, uma solidariedade sem mérito moral. Hayek questionava-se com frequência sobre o mérito moral das decisões tomadas por terceiros" no atlantico.
..tudo isto para defender o modelo neo-liberal. Ou seja o que este senhor defende é que para melhorar as faltas de condições dos desfavorecidos, deveriam-se retirar-lhes todos os apoios. O liberalismo actual mais parece aquelas banhas de cobra milagrosas que dão tanto para a calvice como para tirar verniz, "dá para tudo", está, tudo parece, a entrar na sua fase populista.
Mas este é um falso argumento, um sofisma usado para manipular a o raciocínio. A questão é que se tomem as decisões com vista a melhorar a qualidade de vida dos individuos. É inquestionável que os direitos sociais foram conquistas para a protecção e beneficio do cidadão comum. Se tem efeitos perversos ou não é outra questão sobre a qual não me vou debruçar. Também se apaga fogo com fogo, e um incendiário que quisesse magnificar um incêndio poderia apaga-lo desta forma. Os ataques ao estado social não tem como motivação a melhoria das condições de vida da generalidade da população, e olvidam qualquer conceito de solidariedade social. São socialmente irresponsáveis e fomentam o egoísmo e a competição.
Mas afinal, que melhor balsamo para os ouvidos do que ouvir este tipo de canto de sereia. A intenção é clara, conquistar pela sedução uma franja da população que normalmente está distante destes arremetos liberais que apenas previligiam os mais favorecidos. Este argumento é demagogia pois tenta legitimar uma intenção principal contrária à protecção dos desfavorecidos com um hipotetico efeito secundário apetecível.