Os emigrantes são como rudes convivas em sua própria casa./ como pássaros com o peso do esterco nas asas./ atraiçoados pelo sotaque, pelos escapes potentes e pelo calão quando se enervam./ empurram, esbracejam, a urgência de ser notado, de ser/ talvez apenas existam brevemente e não é por mal, é o tempo./ Ao contrário de nós eles apenas têm um mês para serem portugueses./
E assim não é fácil ser-se comedido.