senilidade

A população está estável como se sabe, ou mesmo regressiva. Mas não se pára de construir, construir, furiosamente como se a vida de alguém dependesse disso (e algumas dependem). Constroem-se prédios enormes com pisos sobrepostos porque como se sabe a terra é um bem essencial e o mais caro de todos e não está garantida para qualquer um. E depois as pessoas admiram-se de que ha muitas casas abandonadas e os centros estão desertos. a inevitabilidade ainda admira. Há pessoas que hipotecam a vida a comprar uma habitação e convivem paredes meias com bairros desocupados. Tudo é revolvido como se não houvesse espaço algum que tenha o direito de escapar á presença humana. É uma mancha habitacional com dinâmica própria, que se desloca com ritmos ondulantes pelos mapas do google earth em fastfoward, como um fogo cinzento.